Luiz Inácio Maranhão Filho nasceu no dia 25 de
janeiro de 1921 em Natal. Era irmão de Djalma Maranhão,FILHO de Luiz
Inácio Maranhão e de Maria Salomé de Carvalho
Luiz Inácio era casado com Odette Roselli Garcia Maranhão. Era
advogado e professor universitário, dando aulas no Atheneu Norte-Riograndense,
na Fundação José Augusto e na Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN).
Também fazia
colaborações como jornalista no Diário de Natal e na Revista Civilização
Brasileira. Entrou para o Partido Comunista Brasileiro em 1945 e, em 1952, foi
preso e torturado pela Aeronáutica, em Parnamirin (RN). Em 1958, foi eleito
deputado estadual pelo Partido Trabalhista Nacional e ficou no cargo até 1962.
No início de 1964, visitou Cuba e, ao voltar, foi preso e torturado em Fernando
de Noronha com Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos.
No dia 3 de
abril de 1974, Luiz Inácio Maranhão Filho foi preso em São Paulo, desaparecendo
em seguida. De acordo com a Comissão da Verdade, órgão responsável em revelar o
passado negro da ditadura, Maranhão Filho se encontrou com Walter de Souza
Ribeiro e João Massena Melo. Em seguida, os três desapareceram e nunca mais
foram encontrados.
O momento em
que Luiz Maranhão quando preso foi testemunhado por diversas pessoas, no
qual tentaram socorrê-lo, pensando tratar-se de um assalto comum.
Em maio, sua
esposa Odette Roselli denunciou através de uma carta que Luiz Maranhão estava
sendo torturado pelo delegado do Departamento da Ordem e Polícia Social (DOPS),
Sérgio Paranhos Fleury. Sua carta foi encaminhada ao MDB (Oposição do
Governo Militar. Atualmente, ele é o PMDB de Eduardo Cunha) e lida na Câmara
Federal pelo Secretário-Geral do Partido, Deputado Thales Ramalho.
Em 15 de maio
de 1974, o vice-líder da ARENA, Deputado Garcia Neto prometia “que o governo
tomaria providências para elucidar os sequestros de presos políticos, inclusive
de Luís Maranhão Filho”. Providências nunca encaminhadas. Em 08 de abril de
1987, o ex-médico e torturador Amilcar Lobo revelou, em entrevista à Revista
Isto É, que viu Luís sendo torturado no DOI-CODI do I Exército no Rio de
Janeiro. Em 1993 o ex-agente do DOI-CODI, Marival Chaves, em entrevista à
Revista Veja, disse que Luís fora trucidado pelos órgãos de segurança da
ditadura militar; seu corpo não foi localizado.
Em 21 de
setembro de 1978, Luiz Maranhão Filho ganhou anistia após o absolve Conselho
Permanente de Justiça absolver, por prescrição penal, diversos membros do
Partido Comunista acusados durante a ditadura militar
Fonte
– SITE VERDADE RN